domingo, outubro 19, 2003
Não mexam no fiambre!
Continente do Colombo, 9.30. Secção de charcutaria. Quando chega a minha vez (finalmente!), peço 300g de fiambre Nobre da perna, cortado fininho. A empregada sacode a cabeça, ao mesmo tempo que me lança um olhar do tipo espanta-moscas. Vai ao pé de uma colega, queixando-se do meu pedido. Faz duas ou três rotações ao braço direito, antes de começar a cortar o fiambre. Quando estavam 78g, vai pesar o fiambre (ar de enfado), repetindo a operação às 126g (ar de mais enfado), 206g (seguido de movimento de descontracção do braço) e 287g (ar de supremo enfado). Sela a embalagem e entrega-mo.
Garanto-vos: fiquei pior que fodida por ter incomodado a senhora! Mas ainda tive tempo para lhe dizer que nós, os clientes, não temos culpa de existir...
Garanto-vos: fiquei pior que fodida por ter incomodado a senhora! Mas ainda tive tempo para lhe dizer que nós, os clientes, não temos culpa de existir...
Teste...
Alô...1, 2, 3...teste...alô...ah h h h h! ...teste... 1, 2, 3... conseguem ouvir-me, aí ao fundo?... ah h h h h! ...teste... 1, 2, 3...
Basta!
Não aguento mais!
A partir de agora vou começar a falar e desabafar o que me vai na alma!
Basta!
Não aguento mais!
A partir de agora vou começar a falar e desabafar o que me vai na alma!